faz tempo que não venho aqui. tudo parecia bem.. depois de 7 meses, o fim aproximou-se demais e instalou-se. ele chegou de mansinho, disparando balas secas, acertando em mim mas sem deixar grandes marcas. aos poucos, senti-a a raspar mesmo perto dele. até que um dia, entrou pelo coração a dentro e só parou até estar desfeito. e agora, passados 4 dias, estou mais que cansada. vou voltar a visitar-te mais vezes do que pensas. acho que é definitiva esta decisão. embora não seja bem o que eu quero, é o melhor para mim.
não vou dizer que estou bem, porque o que estou é muito menor que bem, ou "mais ou menos" ou "mal". desta vez, não se trata de uma paixoneta de miuda. foram os melhores 7 meses que alguma vez tive. uma história de amor, carinho, confiança e sobretudo, proteção. talvez seja de esperar que "tudo o que vem, vai" mas eu não quero que vá.
à uns dias, perguntaram porquê que o escolhi. a resposta foi "eu sinto uma coisa". e pediram-me para a definir. não consegui.
bem, esta coisa é fácil de explicar mas sente-se com tanta... nem sei. sabes quando acordas e te lembras de alguém? e esse alguém é o mesmo todos os dias? sabes quando estás na cama prestes a adormecer e choras por não ter esse alguém ali? sabes quando no meio de uma multidão procuras esse mesmo alguém? quando vais no meio da rua e sentes o perfume dele? quando sentes dor, no momento a seguir a vir costas? quando já sentes mais do que amor, mas sim necessidade? aquele abraço inconfundível, aquele beijo na testa, aquele sei lá. apenas o estar presente. quando ele, é o teu tudo.
e agora, mesmo existindo essa coisa em mim, ele não está presente. quando estou nas aulas, e penso "falta pouco para tocar" mas lembro-me que já não tenho um motivo para sair da sala. todos os dias são um sacrificio, porque falta o motor. e quando estás a ir para casa, e falta-te o beijo de despedida e um "até amanhã"... torna-se insuportável.
quantas e quantas vezes já escrevi aqui sobre o sofrimento. desta vez, é diferente. caraças, eu até espero por uma mensagem dele às 3 da manhã quando sei que ele está a dormir. é saber que ele é orgulhoso demais para mandar mensagem e tenho que ser eu. é conhece-lo de ponta a ponta e querer conhecer ainda mais.
quando ele canta, eu mando-o calar-se. e ele continua, para me irritar.; quando eu ando às cavalitas dele e ele espera sempre um beijo quando eu chego ao chão.; ele odeia que eu lhe tape a boca quando fala.; caraças, ele ama o meu 35 e eu nem tive oportunidade de lhe dizer o quanto amava o coração dele.
devia ter dado tanto de mim, e nem cheguei a dar 1/5. sinto-me tão desamparada. mas espero que ele seja feliz como eu nunca o fiz. quero o melhor para ele, sempre quis. só tenho um pedido de desculpas a fazer. à mãe dele. quando me conheceu, ele perguntou "que achaste dela?" e ela disse "desde que te faça feliz, é a melhor rapariga do mundo." e é a ela que tenho de pedir desculpas. de não ter feito o suficiente. de não ter dado tudo. de não ser quem ela esperava. por fim, peço-lhe que me desculpe.
arrependimento não mata, mas mói.
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