02 março, 2013

faz tempo (...)

faz tempo que não venho aqui. tudo parecia bem.. depois de 7 meses, o fim aproximou-se demais e instalou-se. ele chegou de mansinho, disparando balas secas, acertando em mim mas sem deixar grandes marcas. aos poucos, senti-a a raspar mesmo perto dele. até que um dia, entrou pelo coração a dentro e só parou até estar desfeito. e agora, passados 4 dias, estou mais que cansada. vou voltar a visitar-te mais vezes do que pensas. acho que é definitiva esta decisão. embora não seja bem o que eu quero, é o melhor para mim.
não vou dizer que estou bem, porque o que estou é muito menor que bem, ou "mais ou menos" ou "mal". desta vez, não se trata de uma paixoneta de miuda. foram os melhores 7 meses que alguma vez tive. uma história de amor, carinho, confiança e sobretudo, proteção. talvez seja de esperar que "tudo o que vem, vai" mas eu não quero que vá.
à uns dias, perguntaram porquê que o escolhi. a resposta foi "eu sinto uma coisa". e pediram-me para a definir. não consegui.
bem, esta coisa é fácil de explicar mas sente-se com tanta... nem sei. sabes quando acordas e te lembras de alguém? e esse alguém é o mesmo todos os dias? sabes quando estás na cama prestes a adormecer e choras por não ter esse alguém ali? sabes quando no meio de uma multidão procuras esse mesmo alguém? quando vais no meio da rua e sentes o perfume dele? quando sentes dor, no momento a seguir a vir costas? quando já sentes mais do que amor, mas sim necessidade? aquele abraço inconfundível, aquele beijo na testa, aquele sei lá. apenas o estar presente. quando ele, é o teu tudo.
e agora, mesmo existindo essa coisa em mim, ele não está presente. quando estou nas aulas, e penso "falta pouco para tocar" mas lembro-me que já não tenho um motivo para sair da sala. todos os dias são um sacrificio, porque falta o motor. e quando estás a ir para casa, e falta-te o beijo de despedida e um "até amanhã"... torna-se insuportável.
quantas e quantas vezes já escrevi aqui sobre o sofrimento. desta vez, é diferente. caraças, eu até espero por uma mensagem dele às 3 da manhã quando sei que ele está a dormir. é saber que ele é orgulhoso demais para mandar mensagem e tenho que ser eu. é conhece-lo de ponta a ponta e querer conhecer ainda mais.
quando ele canta, eu mando-o calar-se. e ele continua, para me irritar.; quando eu ando às cavalitas dele e ele espera sempre um beijo quando eu chego ao chão.; ele odeia que eu lhe tape a boca quando fala.; caraças, ele ama o meu 35 e eu nem tive oportunidade de lhe dizer o quanto amava o coração dele.
devia ter dado tanto de mim, e nem cheguei a dar 1/5. sinto-me tão desamparada. mas espero que ele seja feliz como eu nunca o fiz. quero o melhor para ele, sempre quis. só tenho um pedido de desculpas a fazer. à mãe dele. quando me conheceu, ele perguntou "que achaste dela?" e ela disse "desde que te faça feliz, é a melhor rapariga do mundo." e é a ela que tenho de pedir desculpas. de não ter feito o suficiente. de não ter dado tudo. de não ser quem ela esperava. por fim, peço-lhe que me desculpe.
arrependimento não mata, mas mói.

13 setembro, 2012

espera lá, o problema não é pegar num cigarro e fumar. o problema é pegar no cigarro, acendê-lo e durante o tempo que o fumo, os problemas vêm à cabeça. penso em tudo o que fiz, todos os erros que cometi, todas as frases que não deviam ter sido ditas, todas as vezes que amei sem razão, todas as vezes que não fui feliz, todas as vezes em que chorei sem necessidade. a cada bafo eu olho para o fumo e vejo a imensidão de tudo o que já passei, de todas as vezes que tinha problemas e os resolvi sozinha, pois ninguem estava lá para mim. e quando o cigarro acaba e fico com a pica na mão, eu só tenho a necessidade de ir buscar outro, e pensar mais um bocado. e imaginar novamente tudo na minha cabeça... e quando eu acabo o maço, só penso no porquê de os ter fumado, porquê? eu estou bem agora, eu não preciso de pensar no passado...

06 setembro, 2012


olá blog, já não te venho dizer um olá à bastante tempo.
bem, o meu problema é este: eu amo. eu amo demais as pessoas. eu amo até doer, eu amo até cansar, eu amo até não poder mais. eu amo quando ela está comigo todos os dias, eu amo quando ela sorri para mim, eu amo quando ela toca e canta para mim, eu amo quando ela me abraça, eu amo quando ela diz que me ama, eu amo quando vejo nos olhos dela tudo o que procuro, eu amo quando ela diz que tem saudades minhas, eu amo quando ela faz-se de forte, eu amo quando ela diz "pega" e partilha, eu amo quando ela cozinha para mim, eu amo quando ela salta para cima de mim, eu amo quando ela me dá a mão, eu amo quando ela acabou de tomar banho e o cabelo está todo solto, eu amo quando ela me vem abrir a porta e diz  "espera só um bocado" e eu a vejo a arranjar-se, eu amo quando ela veste camisolas largas, eu amo quando ela veste as minhas roupas, eu amo quando ela dorme em conchinha, eu amo quando ela fecha os olhos, eu amo quando ela faz barulhos com a barriga e diz que é o "nosso bébé", eu amo quando ela não consegue dormir e manda-me mensagem, eu amo quando ela está longe e mesmo assim se lembra de mim, eu amo quando ela discute comigo, eu amo quando ela me dá beijinhos, eu amo quando ela se agarra a mim para adormecer. eu amo-a, desde que cada gesto dela muda o meu mundo.
e eu não reconheço, não me reconheço a mim. eu dizia-lhe, todos os dias, nem que fosse 5 segundos, eu dizia-lhe o quanto ela me faz falta, eu dizia-lhe que ela é tudo o que eu quero, eu dizia-lhe que ela é a minha melhor amiga.
e agora, sinto-me tão distanciada, toda a gente se aproxima dela e eu aos poucos e poucos vou embora, como um verão a despedir-se. eu tenho saudades dela, da maneira como ela me fazia sentir, da maneira como ela me abraçava com vergonha, de todas as conversas improvisadas, de todas as palhaçadas, de todas as músicas que cantamos, de todas as fotos, do sorriso com que ela me deixava depois de uma tarde. eu só queria que soubesses que vais ser SEMPRE a melhor deste mundo, e que nada me vai afastar de ti, nem a distância. eu amo-te, como quem ama o mundo.
agora fica bem meu anjo, tens as tuas amigas, mas sabes que estarei aqui, para tudo e até mesmo para nada, porque tu és os meus mandamentos.

14 julho, 2012

regresso.

olá blog. peço desculpa de não te vir contar as novidades todos os dias como eu prometi que vinha...
estes ultimos meses têm sido dificeis, como todos os outros quando tenho postado. há sempre aqueles momentos altos, e aqueles momentos baixos... mas acho que sabes perfeitamente que há mais baixos...
tenho sorrido todo o dia, e durante a noite, os meus musculos da cara ficam cansados de tanto esforço, e eu... eu vou-me abaixo... a cara fica tristonha e eu choro. choro como na noite anterior a essa. isto é como um ciclo. tudo começa bem, para acabar mal. já há anos que publico aqui e tu sabes o que eu tenho sentido, sabes perfeitamente! mas cada vez que vejo as publicações antigas, eu vejo que estou pior que antes. e apago-as, para não ter memória do que já passou. sim, eu também já aprendi isso contigo. eu vivo, eu fico magoada, eu esqueço. e depois mais tarde, quando algo dá o clique, eu revivo, não com aquele tão esperado sorriso, mas com as maiores lágrimas que alguma vez viste.
eu estou farta de mostrar aquela capa que já me acompanha desde dois mil e sete. desde esse ano, que escrevo aqui tudo aquilo que sinto e não sinto. gostava que alguém de vez em quando, olha-se para isto e se vi-se. percebes? alguém que já passou por "tanto" como eu, e que ficasse do meu lado. mas não queria aqueles amigos perfeitos que nos são apresentados durante a vida, que são falsos. e aquelas tretas todas, do "dar-me um ombro para chorar" e "estarei do teu lado" ... opá, são todas umas merdas. merdas para parecer tudo bonito.
esse alguém devia chorar comigo, frente a frente. olhar-me nos olhos e "olhar para dentro" de mim. e ver, a agonia, a fraqueza que reside dentro de mim. eu juro, eu quero mostrar a toda a gente a facilidade que eu tenho de gerar lágrimas no canto do meu olho. eu quero mostrar que sou uma boneca feita de pano, que rasga com todas as facadas que levou. e não uma de cimento, se isso existir... quero mostrar basicamente, aquilo que apenas mostrei a uma pessoa.
mas como estava a dizer mais acima, tenho passado por maus bocados... vou buscar aqueles "flashbacks" do meu mau passado e penso: « e se tudo fosse diferente? e se eu não tivesse feito asneira? » . mas pronto, é só mais uma fase, como tu me disseste à algum tempo ... temo que só volte aqui quando não estiver com ninguem do meu lado, e ai, eu sei que tu vais estar.